Todos nós sabemos o que são espelhos, já eles estão freqüentemente
em nosso dia-a-dia. No entanto, aqui falaremos de outro tipo de espelho, um que
provavelmente você não conheça tão bem: Os espelhos côncavos. Estes têm
propriedades bastante diferentes dos que temos em nossas casas (os espelhos
planos).
Se quiser vê-los em um espaço mais familiar basta
pegar na cozinha uma colher (sim, uma colher) e perceber que a parte interna da
mesma se trata, de nada menos que um espelho côncavo (e a parte externa é um
espelho convexo).
Os espelhos côncavos pertencem a uma classe de
espelhos denominada espelhos esféricos (espelhos que contém sua superfície
refletora em formato de uma calota esférica). Se a parte espelhada da calota
for à parte interna, então o espelho será côncavo (e se for à parte externa a
espelhada, o espelho será convexo).
Mas afinal qual é a grande diferença entres esse tais
espelhos côncavos e os queridos companheiros do nosso cotidiano? É a formação
de imagem, pois nos espelhos planos as imagens são virtuais, direitas e do
mesmo tamanho, já nos côncavos a formação de imagem depende da posição do
objeto a ser refletido, que pode possuir uma imagem real ou virtual, direita ou
invertida e menor ou maior (todas essas geradas com posições diferentes em
relação ao centro de curvatura, foco e vértice do espelho).
Acima se pode observar uma imagem com reflexão real,
invertida e menor. Se o objeto de reflexão estivesse em outra posição que não
fosse a que se encontra nessa representação (antes do centro de curvatura), sua
reflexão poderia ser diferente (poderia ser virtual, direita ou maior).
Mas qual a utilidade dos espelhos côncavos? Eles podem
parecer a principio sem nenhum uso, porém têm diversas utilidades, sendo, a
projeção de imagem 3D, apenas uma delas.
Na sala “Miragem” do museu visitado podemos perceber o
uso e a importância dos espelhos côncavos na formação de imagem 3D, já que para
isso são necessários dois destes sobrepostos, onde o foco de um coincide com o
vértice de outro. O objeto é colocado sobre o vértice do espelho de baixo e é
projetado no foco do espelho de cima onde há uma abertura, assim é projetada
uma “imagem real”, ou seja, uma imagem em 3D que só podemos saber que é em 3D
por sermos incapazes de tocá-la. .
Saindo do assunto dos espelhos côncavos, que tal falar
um pouquinho sobre outro objeto, as lunetas? Elas são aparelhos de aproximação,
utilizados para a observação de objetos distantes. Elas possuem (como o
microscópio) duas lentes convergentes que são dispostas coaxialmente: a
objetiva (com grande distância focal que proporciona uma imagem real e invertida) e a ocular (com distância focal menor que proporciona
uma imagem virtual e invertida).
Mas o que as lunetas têm a ver com o Museu das Minas e
do Metal?A ligação acontece em uma sala, “Chão de Estrelas”,onde há minerais espalhados pelo chão e só
conseguimos os enxergar através das lunetas miradas para o chão, onde se
encontram os minerais a serem observados.
E as miragens, o que você pensa que são? O que sabe a
respeito? As miragens são nada mais, nada menos que fenômenos ópticos reais que
acontecem normalmente em dias ensolarados, quando há um pequeno desvio das
luzes refletidas por algum objeto, esse desvio é chamado de fenômeno de refração
(Quando um feixe de luz passa de um meio mais refringente para um menos
refringente). Miragens costumam aparecer principalmente em desertos, asfaltos e
em alto mar. Ou seja, a palavra “Miragem” nomeia ironicamente a sala da museu,
já que não se trata de miragens e sim de imagens 3D.
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